sexta-feira, 21 de agosto de 2009

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Imperatriz: UFMA e UEMA se preparam para o Enade


UFMA e UEMA se preparam para participar do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes – Enade, que acontece no dia 8 de novembro deste ano. O exame tem como objetivo avaliar a qualidade dos cursos de graduação das instituições públicas e privadas de ensino superior por meio do desempenho de alunos que estão começando e concluindo suas graduações. Em Imperatriz vão participar os acadêmicos de Administração, Ciências Contábeis, Comunicação Social-Jornalismo e Direito.


De acordo com Lucivânia Silva de Melo, técnica em assuntos educacionais na Assistência Pedagógica do Campus II da UFMA, o Enade é importante para que os alunos possam se auto-avaliar, percebendo seu nível de aprendizado no início e no término do curso. Ela lembra ainda que o aluno que não participa não tem direito ao diploma, pois o Exame é um dos itens curriculares obrigatórios do ensino superior. “Apesar dos cursos não obterem uma grade curricular comum no Brasil, esse é um método eficaz para avaliar quais Universidades estão com o ensino diferenciado a nível nacional e dentro das exigências do MEC”, completa.


Gabriel Araújo Leite, coordenador do curso de Direito, afirma que as participações do curso em anos anteriores foram todas satisfatórias, por isso a expectativa é de que alunos se destaquem no Enade 2009. “A participação dos alunos é importante porque na medida em que melhor se preparam, vão melhorar o nível da instituição perante o MEC”, ressalta.


Desde 1996 acontecem testes para avaliar os cursos de graduação da educação superior no Brasil, eles eram realizados por meio do provão que em 2004 foi substituído pelo Enade. Francisco Alves e Silva, diretor do curso de Administração da UEMA, afirma que a instituição sempre que participou dessas avaliações ficou bem colocada, destacando ainda que o curso de Administração em Imperatriz é o segundo melhor no Estado, perdendo apenas para a UEMA de São Luís. “A preparação de nossos alunos não é feita com conteúdo, mas com a conscientização da importância do Enade, que mesmo tendo pequenas falhas ainda é o melhor método para que se possa avaliar o aprendizado dos acadêmicos”, finaliza.


A lista dos estudantes selecionados para o Enade será divulgada somente em 10 de setembro, mas os estudantes já estão em fase de preparação para a prova. Ezequias Mesquita Lopes está cursando o 9° período de Direito na UFMA e relata que iniciou sua preparação baseada nos conteúdos vistos no decorrer de todo o curso, pois o Exame vai contar com 10 questões sobre assuntos de formação geral e 30 da área de formação específica de cada curso avaliado. “Estou me esforçando para ter um bom desempenho e honrar o nome da Instituição. Concordo com essa avaliação pelo fato de que, por meio dela, o aluno passa a fazer parte da história e do crescimento da Universidade”, declara.


Lugar: UFMASCOM
Fonte: André Wallyson
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quarta-feira, 12 de agosto de 2009

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Abençoados por Deus e corruptos por natureza


A palavra corrupção vem do latim “corruptus” e significa a quebra dos valores que a sociedade nos impõe, ou seja, é o ato pelo qual se adultera, se estraga algo físico ou moral. A corrupção não é o gosto pelo desonesto, trata-se na verdade de um jeito brasileiro de viver, ou sobreviver.


A palavra corrupção no Brasil é bastante associada à política do país, mas vale ressaltar que ela não está presente somente nos atos secretos dos governantes, mas nos mais diversos ambientes e seguimentos da sociedade. Ela está presente quando você compra um CD pirata, quando pede para um colega que está a sua frente na fila pague suas contas e até mesmo quando você copia textos da internet utilizando como se fossem seus para fazer algum trabalho.


Carlos Santos é um famoso apresentador de programa de auditório em Belém do Pará. Antes disso ele vendia frutas e verduras no mercado e conta que para conseguir vender seus produtos usava de diversas artimanhas, chegou a vender até mesmo limões que já vinham adoçados. Este é apenas um dos bons exemplos de que a corrupção dá acesso ao dinheiro, gera empregos, presta serviços e afirma o jeitinho que o brasileiro dá para resolver qualquer situação.


Seriamos então uma nação de corruptos? Talvez não pelo fato de conhecermos a existência da lei e de sua importância para o bom funcionamento da sociedade. Mas como explicar aquela indicação de emprego que é cada vez mais comum? Ou aquela falsificação de atestado médico para faltar à aula ou ao trabalho? Copiar as respostas de um colega na hora da prova, fazer ligações clandestinas de fiação elétrica ou de internet também são atitudes corruptas. Como diz o Antropólogo Roberto DaMatta, "é enorme a dificuldade brasileira de juntar a lei com a realidade social diária”.


Que graça teria se não existisse um modo para resolver os problemas? O jeitinho brasileiro deixou de ser mera malandragem e se tornou necessidade de alguns que o utilizam como modo de sobrevivência. Se podemos pagar menos imposto de renda a um governo que não retribui adequadamente em benefícios sociais para seus contribuintes, por que fazê-lo? Por que pagar uma multa de trânsito altíssima se podemos dar um jeito de cancelá-la? Afinal de louco e corrupto todo brasileiro tem um pouco!

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Texto de André Wallyson e Rosana Barros