12:25 -
andre wallyson mercadinho
2 comments
"O que é que o Mercadinho tem?" [2]
Nesta segunda parte da série sobre o mercadinho vamos ver um pouco das histórias sobre a parte de alimentação e higiene do local. Espero que gostem e aguardo os comentários com críticas e sugestões!
Os cheiros e sabores
Nordestinos, paraenses e pessoas de variadas regiões do país deixaram como herança para a cidade de Imperatriz sabores e temperos que marcaram e que fazem parte de nossa cozinha, para encontrá-los não existe melhor lugar que o mercadinho. São quase 120 pontos de vendas dedicados somente a alimentos, que vão de carnes, frutas e verduras a temperos exóticos preparados na hora.
São esses temperos que dão um cheiro especial que chega a disfarçar o odor vindo dos esgotos a céu aberto nas ruas que cortam o mercado, mas este é um problema que deixo para comentar em outra ocasião.
Francisca Piauí presta serviço para a empresa que cuida da limpeza do setor há três anos. Ela conta que no mercadinho, apesar de ter ela e mais sete colegas diariamente cuidando da higienização do local, é muito difícil mantê-lo limpo. Segundo Francisca, a população que freqüenta e que trabalha no local ainda não se conscientizou de que o lixo causa danos para a própria saúde. “Aqui como todo lugar tem seu lado bom e ruim, eu sou amiga de todos daqui e, além disso, já encontrei muita coisa de valor em meio ao lixo. Essa é a parte boa, porque também existe muita gente que não respeita o nosso trabalho e já tentaram até me agredir, mas nada que uma pá não resolva”, finaliza dando risada.
As frutas regionais têm destaque tanto pelas cores como pelos preços que costumam ser bem baixos em relação a outros locais de venda das mesmas. Cupuaçu, manga, açaí, castanhas, melancia, banana, murici, cajá, buriti e pequi são só algumas dessas frutas que têm a vantagem de serem originadas, em sua maioria, de plantações da própria cidade.
Na hora das refeições opções não faltam. José Anselmo de Oliveira, o “Neguinho”, começou a trabalhar no mercadinho em 1969. Segundo ele, o comércio era basicamente de carnes e verduras e por isso decidiu que não queria vender algo que já tivesse por lá. Foi então que começou a vender café da manhã em uma “banquinha” que hoje é uma lanchonete, ponto de referência para se alimentar dentro da feira. “A vida inteira tirei o sustento da minha família aqui deste lugar, não me vejo mais trabalhando fora daqui , já é parte de mim”, afirma.
Além das bancas de frutas e verduras, é muito comum ver pequenos restaurantes que comercializam comidas típicas da cidade. Panelada, cozidão, sarapatel, galinha caipira, chambarí, caldeirada de peixe, buchada de bode, assado de panela e caças são alguns dos principais pratos que são sempre servidos com pimenta, limão e farinha de mandioca por preços que não ultrapassam os seis reais.
Em breve a terceira parte, não deixem de acompanhar!
Em breve a terceira parte, não deixem de acompanhar!